Descer escadas pode não ser tão bom para os joelhos; Entenda

Você ouve falar constantemente para investir em escadas com via de acesso, caso você precise se deslocar em uma distância máxima de dois andares, não é? A premissa é economizar energia elétrica e, de quebra, cuidar da saúde.
Subir e descer escadas pode, sim, auxiliar o processo de emagrecimento e fortalecimento muscular. Como toda atividade física, porém, ela exige recomendação e acompanhamento de especialistas. ParaEmerson Lessa, fisioterapeuta e coordenador do Centro de Reabilitação do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, a atividade deve ser feita com cuidado para evitar lesões articulares e musculares e deve haver cuidado especial ao descer os degraus. “Ao subir e descer escadas, você pode colocar até três vezes seu peso corporal sobre os joelhos. Porém, não só os joelhos precisam estar estáveis e fortes, mas o quadril e glúteo também, principalmente ao descer escadas”, diz o especialista.
Como descer envolve a ação da gravidade, a forma como o pé toca o chão e a velocidade com que isso acontece, esse exercício nem sempre é o mais recomendado. “A gravidade funciona como acelerador do movimento, gerando alterações na força do mecanismo extensor do joelho, quadril e pés. Isso pode acarretar em  lesões nos joelhos”, explica. “Exercícios excêntricos (descer escadas) sobrecarregam muito as articulações e musculatura. A princípio, o exercício não é indicado se você sofrem de algum processo degenerativo nos joelhos ou mesmo nos quadris e tornozelos”, complementa.
/ Como se preparar?
O ideal, segundo o especialista, é aliar o fortalecimento muscular ativo e funcional (musculação e exercícios funcionais), atividade aeróbica, como as subidas pelas escadas e a melhora da flexibilidade. Entre os mais indicados estão:
/ Fortalecimento e alongamento dos músculos (abdome, glúteos, quadríceps, isquiostibiais e panturrilhas);
/ Treino de estabilização (quadril, joelhos e tornozelos/pés). Esses exercícios promovem o fortalecimento da musculatura que faz o movimento. São as atividades de equilíbrio estático, dinâmico, treino pliométrico (ex: saltos, mudanças de direção etc), envolvendo articulações e músculos diferentes, ou seja, exercícios globais;
/ Manter rotina de exercícios semanais (mínimo duas vezes por semana).
“É possível perder peso com atividades simples como essa, mas não se pode trocar a redução na balança por lesões, até porque a recuperação pode ser lenta já que a região é uma das mais demandadas para a movimentação do corpo”, alerta Lessa, ao lembrar que algumas das lesões mais comuns são as fraturas por estresse, distensão muscular (rompimento das fibras), inflamação dos tendões e Síndrome patelofemoral ou condromalácia da patela, que é o atrito entre o fêmur e a patela (rótula) gerando alterações na cartilagem.
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